Saúde mental defasada impacta diretamente no ambiente de trabalho, causando perda de produtividade e faltas ao trabalho, entre outros.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental é definida como “um estado de bem-estar em que o indivíduo percebe suas próprias habilidades”, onde essa pessoa “pode lidar com as tensões normais da vida, trabalhar de forma produtiva e frutífera e é capaz de dar uma contribuição para sua comunidade.”

Isso significa, então, que estar com a saúde mental em dia é necessário para se ter qualidade de vida e possa lidar com as dificuldades do dia a dia.

A saúde mental envolve múltiplos aspectos, como:

• Satisfação pessoal;
• Produtividade;
• Autoestima;
• Vida social;
• Boa alimentação;
• Exercícios físicos.

Impacto no trabalho

Um funcionário com a saúde mental em dia é mais produtivo e eficiente, mas o contrário também acontece: um colaborador com a saúde mental abalada é menos engajado nas atividades, se comunica menos com o resto da equipe e até mesmo sua saúde física fica em xeque.

Jornadas muito intensas, por exemplo, podem render consequências sérias para os envolvidos e também para a empresa. Expedientes muito longos e extenuantes causam estresse, que pode evoluir para um quadro de ansiedade ou depressão.

Dados do CDC, o Centro de Controle de Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, trazem um retrato mais concreto do impacto de doenças mentais no trabalho: a depressão prejudica a capacidade física em 20% dos casos e reduz o desempenho cognitivo em 35% dos casos.

Dados sobre acesso ao tratamento do diagnóstico também são preocupantes. Apenas 57% dos trabalhadores com depressão moderada e 40% dos trabalhadores com depressão grave recebem tratamento para a doença.

Essa realidade envolve a dificuldade de ir a um médico psiquiatra sem ter um plano de saúde, entre outros problemas pessoais.

Segundo a OMS, as principais causas de afastamento no trabalho são:

• Transtorno de ansiedade (63%);
• Depressão (59%);
• Burnout (44%).
• Estresse (37%);

Em tempo: Burnout é também conhecida como síndrome do esgotamento profissional e se caracteriza por um estado de tensão e estresse. Atinge principalmente profissionais do ambiente corporativo. A dedicação excessiva ao trabalho, metas inatingíveis, jornadas longas e o perfeccionismo são algumas das causas desse distúrbio.

Leia também: Como ajudar funcionários que estão com Burnout

O que você pode fazer

Promover ambiente e horário de trabalho adequados para os funcionários já é um primeiro passo, mas as empresas devem, também, se preparar para lidar com casos de doenças mentais. Se sua empresa lida com maquinário pesado, por exemplo, invista em tecnologias para diminuir o esforço físico dos colaboradores, diminuindo o risco de acidentes e lesões.

Você também pode oferecer meios de autoavaliação de saúde metal para as equipes, para que cada um fique ciente sobre sua situação mental. Oferecer ferramentas para tratamento, como planos de saúde, exames clínicos, incentivo para prática de atividade física e apoio também são atitudes positivas para cuidar de quem trabalha com você.

Aposte também em jornadas de trabalho diferentes, como pausa para lanche da tarde, atividades de relaxamento e até aulas de alongamento durante o expediente. Uma quebra na rotina pode ser muito saudável e proporcionar momentos de lazer e descontração.