A Síndrome do Filho do Meio no contexto do RH pode ter impactos bastante negativos para a organização. Entenda o que é a Síndrome do Filho do Meio no RH e aprenda como lidar.
Você já deve ter ouvido falar da Síndrome do Filho do Meio, principalmente se você for o filho do meio. Saiba que essa síndrome ela não está só nas famílias, mas também nas organizações – em especial no RH.
O RH possui uma função muito distinta das demais áreas e importantíssima no que se trata de capital humano. Por essa razão, a falta de posicionamento da área, em muitos casos, faz com que esta tenha papel de pouco destaque no processo de tomada de decisão.
O que é Síndrome do Filho do Meio?
A Síndrome do Filho do Meio no contexto do RH representa a ausência ou ineficiência do RH diante dos processos decisórios da organização.
Existe um senso que o primeiro filho tende a ser mais responsável, o caçula o mais protegido pela família, no entanto, o do meio se encontra na atenção intermediária dos pais. Assim, a Síndrome do Filho do Meio pode ser vista como uma percepção de desamparo emocional por parte dos pais para este filho.
No contexto do RH, a síndrome do filho do meio é bastante parecida. O RH acaba tendo pouca voz, pouca importância e com pouco poder dentro da organização.
Algumas situações que podemos notar como se aplica a síndrome do filho do meio no RH:
Situação 1
O dono da empresa decide promover um colaborador e já comunica-o de tal promoção, sem sequer passar para o RH essa demanda. Entretanto, o dono desconhece que esse colaborador não tem as skills e principalmente a veia de liderança necessária para o cargo.
Esse posicionamento tira a voz do RH para uma movimentação tão importante para a empresa.
Situação 2
O RH elabora uma avaliação 360º ou um programa de desempenho. Esses feedbacks serão o fundamento para traçar novas rotas e ajudar as áreas a se desenvolverem. Porém, durante uma reunião, a gestão – para dar aquela forcinha – reforça a importância da avaliação com as seguintes palavras: “Estamos atarefados, mas precisamos cumprir com a atividade processual do RH. Por isso, preencham a avaliação.”
Esse posicionamento tira toda a importância que está por trás da avaliação.
Situação 3
Por conta de uma demanda excepcional, o diretor pede a contratação de muitos de colaboradores em um prazo curto. No entanto, ele não considera que a equipe de RH está reduzida e que há outras vagas em aberto.
Já esse posicionamento demonstra que o RH possui pouco poder na operação da empresa.
Como o RH deve lidar com a síndrome do filho do meio?
O primeiro passo é refletir como o RH está se posicionando nos últimos tempos. Desde processos a estratégias que acompanhem a missão do RH e o seu papel em uma empresa. É necessário mostrar a sua relevância para um negócio que deseja ser bem-sucedido.
Um outro ponto é conversar abertamente com a alta gestão sobre as ações do RH. Às vezes, a alta gestão não entende as motivações, a relevância e o impacto que tais ações têm para o negócio. Sendo assim, é importante toda vez que lançar algo, explicar de forma clara o que é, o porque e qual o resultado que terá.
Dessa forma, o RH ganha mais aliados e mais espaço.
O ponto é que se a alta gestão não enxerga valor no RH, as ações da área serão vistas como mais um “to-do”. Cabe ao RH se posicionar como autoridade e mostrar o valor.
Para entender mais sobre o assunto, ouça o episódio 8 do podcast do RHlab.
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