Mentoria reversa abre portas para a diversidade e inovação

Categoria(s): Inovação
31 de agosto de 2022
por Recrutamente.com.br

Até pouco tempo atrás, quando pensávamos em mentoria a primeira cena que nos vinha à mente era a de profissionais experientes orientando e ajudando a conduzir a carreira de jovens talentos. Sim, isso ainda existe e é muito válido. Porém, o mercado tem se aberto cada vez mais para um novo tipo de mentoria, a reversa. Nesse modelo, é a vez de jovens profissionais compartilharem seus conhecimentos com profissionais mais experientes. E isso têm possibilitado mais oportunidades para a diversidade e inovação.

Essa prática é fantástica porque abre caminho para um novo padrão de diálogo, em que profissionais ainda em início de carreira ganham voz e têm reconhecimento. Além de proporcionar uma troca rica de habilidades e conhecimentos, essa iniciativa ajuda na fidelização de talentos. Afinal, quem não quer se sentir importante e ter seu valor percebido?

Benefícios dessa prática

Normalmente, as empresas que apostam em mentoria reversa começam com o foco na tecnologia. Ou seja, colocam profissionais da geração de “nativos digitais” para ensinar quem não tem tanta intimidade com as novidades tecnológicas. Mas há muito mais benefícios!

Quando colocamos duas gerações para trocar experiências, temos uma soma de habilidades, criatividade, agilidade e inovação com experiência, conhecimento, dedicação e mais domínio no campo dos negócios. Isso traz potência dos dois lados – para as pessoas e para a empresa – e, assim, o ganho é geral.

Se olharmos todos esses pontos positivos, vemos que essa iniciativa se apresenta como uma boa alternativa para promover a aproximação entre os grupos. Além de diminuir, pode evitar conflitos de gerações.

Na IBM, por exemplo, a mentoria reversa é vista como uma boa maneira de impulsionar a diversidade e inclusão. Para isso, representantes de grupos de afinidades da empresa – LGBTQIA+, pessoas com deficiências, negros e mulheres, fazem uma sessão de mentoria com o time de gestão. Assim, é possível compartilhar experiências dentro e fora do ambiente organizacional, contribuindo para a sensibilização das lideranças para o tema.

De acordo com o estudo Mulheres, liderança e oportunidades perdidas realizado pela companhia, a mentoria reversa é vista como uma “forma de desafiar as normas convencionais para incutir novas perspectivas e adaptação cultural”.

Quando uma empresa decide apostar no modelo de mentoria reversa, ela entende que a liderança também pode aprender com as pessoas que são lideradas. Independentemente do cargo ocupado, cada indivíduo possui experiências e conhecimentos que podem agregar para o crescimento do time como um todo. Dar voz a quem tem algo a dizer e que pode trazer mudanças culturais significativas é um ponto que cada vez mais devemos dar atenção.

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