Esta é a “pergunta de um milhão de dólares” e para a qual os RHs do mundo todo querem a reposta. Sabemos que promover o engajamento e ter pessoas motivadas e felizes é um dos maiores desafios das empresas. Mas como fazer isso?
Neste artigo, você confere os principais insights do primeiro Consciência Transformadora de 2022 que teve como tema Cultura, Entropia e Reuniões. O encontro foi conduzido por Pedro Mello, criador do modelo OPEN, fundador da Open Leaders e autor do livro Open Leaders Proibido para Mentes Fechadas.
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1. Esteja consciente
O primeiro insight que trazemos é que estamos em um momento de grande mudança, onde o modelo criado pela revolução industrial, de comando e controle, está ficando para trás.
Essa forma de gestão faz com que a pessoas não se sintam pertencentes à empresa em que trabalham. Isso ocorre porque, nesse modelo, as decisões são de cima para baixo, sem que exista abertura para diálogo e troca de opiniões.
E quando isso acontece, o mais natural é essas pessoas procurarem outros empregos. Se permanecem, entregam o mínimo possível.
A transparência e engajamento estão diretamente relacionados.
2. Ansiedade e preocupação “desligam” as pessoas
Quando uma pessoa está ansiosa ou preocupada, ela não está no trabalho de verdade, os pensamentos dela estão em outro lugar. É daí que surge a entropia, que nada mais é do que a incapacidade do sistema entregar o seu potencial.
Por isso, atente-se às pessoas da equipe e como elas estão se sentindo. Uma sugestão do Pedro Mello, da Open Leaders, quem conduziu o evento, é que você escreva o que mais te anima e o que mais te desanima. Proponha esse exercício para a sua equipe também e identifique onde estão as oportunidades e os riscos.
3. Cuide da saúde psicológica
Há muito tempo que, no mundo do trabalho, as pessoas são vistas de forma separada – a “pessoa física”, que deixa seus problemas e outras questões que podem interferir em seu desempenho “do lado de fora”, e a “pessoa jurídica”, profissional que se engaja e se dedica a cumprir suas funções e entregar resultados. Porém, já se sabe que essa dualidade é impossível de existir. E a pandemia reforçou isso.
Por isso, considerar as pessoas como indivíduos “por inteiro”, com sentimentos e emoções, é um dos pontos-chave se o objetivo é a transformação. E isso passa pela criação de uma “cultura de cuidar das pessoas”, onde se deve garantir um ambiente em que se sintam seguras para se expressar e ter autonomia.
4. Enxergue as oportunidades nas pessoas
Imagine a seguinte situação: você é pai ou mãe e sua filha mais velha mostra o boletim. Em Matemática, você vê que ela tirou nota 8, mas em História, apenas 2. Você dá mais importância para qual nota?
É quase certo que você respondeu “o 2 de História”. E é isso o que muitas vezes acontece nas organizações. Os talentos deixam de ser vistos, a frustração ganha espaço e a autoestima fica abalada. Para fazer diferente, como dissemos lá no início, é preciso deixar a mentalidade industrial para agir diferente.
Nosso papel não é mudar as pessoas, mas enxergar as potencialidades e oportunidades nelas.
5. Comece com pequenos passos
Um processo de transformação onde se busca o engajamento das pessoas deve começar com pequenas ações.
Tenha em mente que, para conquistar o apoio das equipes, é preciso que elas não se sintam forçadas a participar, qualquer que seja a iniciativa. A maneira ideal é que as ações sejam visíveis. Ao acompanhar os resultados, a tendência é que as pessoas queiram participar e contagiem as demais.
E não se esqueça que o básico é proporcionar um ambiente seguro, de acolhimento e se autoliderar é fundamental para que você consiga liderar o seu time. Quando as pessoas não têm isso, elas ativam um dos 3 mecanismos de sobrevivência: congelam (freeze), lutam (fight) ou vooam (flight). E isso é tudo que nós não queremos que elas façam.
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