Entenda mais a fundo o que é o burnout e sua ligação com a saúde mental. Conheça 6 dicas para ajudar funcionários com burnout e a saiba como você pode auxiliar quem sofre dessa doença moderna.
O Burnout é uma doença psíquica que causa a exaustão psicológica, emocional e física motivada pela vida profissional do indivíduo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o burnout as principais características do burnout são:
- Crescente distância mental do trabalho de um funcionário ou sentimentos negativos ou em relação ao trabalho.
- Sentimentos de esgotamento ou exaustão de energia.
- Eficiência ou produtividade profissional reduzida.
Talvez você pense que o burnout em funcionários só acontece em grandes corporações e com ambientes extremamente ruins, no entanto, não é bem assim.
Uma pesquisa da Gallup descobriu que 23% dos funcionários se sentiam esgotados com frequência ou sempre. Enquanto isso, 44% se sentiam esgotados às vezes. Faça a soma e você terá cerca de 70% de funcionários possivelmente lutando contra o burnout.
Os primeiros sinais do burnout em funcionários
Você provavelmente já percebeu esses sintomas em seus funcionários. Caso você pense que seja apenas uma carga de trabalho maior que causa o burnout em funcionários, pense novamente.
A sensação de não estar com controle e não ser recompensado pode ser o início dessa infeliz jornada. Talvez alguns funcionários estejam trabalhando mais do que outros na equipe, ou alguns são tratados de maneira injusta… A questão é que se não houver senso de equipe ou objetivo unificado o desgaste é iminente.
Isto é, não se trata apenas da quantidade de trabalho, mas a experiência e as emoções em torno desse trabalho. O esgotamento emocional e mental é uma parte crucial da equação do burnout dos funcionários e pode ser ativado por mais do que uma carga de trabalho maior.
6 dicas para ajudar funcionários que estão com burnout
1. Leve a sério a saúde mental
Cada vez mais vemos problemas de saúde mental surgindo. Por isso, é importante estar consciente sobre os riscos que o descaso psicológico pode causar nas pessoas.
Quantos funcionários provavelmente responderão a perguntas difíceis de saúde mental quando confrontados diretamente? E se forem confrontados no contexto de uma revisão de trabalho ou desempenho?
O preconceito em relação a doenças mentais e emocionais, como é o caso do burnout, ainda é latente no mercado de trabalho. O que gera ainda mais medo e ansiedade aos que sofrem por não se sentirem seguros ao falar sobre sua condição.
Maneiras de manter a saúde mental dos funcionários uma prioridade sem ser invasivo
1. Use um sistema de classificação emocional (com uma escala de 1 a 10, por exemplo) de forma anônima – pois pode ser mais fácil para alguns funcionários responder um formulário do que falar especificamente.
Dessa forma, você conseguirá determinar a saúde mental e o estado emocional de todos, e com os resultados será possível ajudar identificar melhorias ou que tipo de ajuda será necessária.
2. Fale sobre saúde mental para o grupo geral, e não para pessoas específicas. Você pode evitar questões legais ou situações desconfortáveis se falar sobre saúde mental como um grupo, em vez de ter como alvo uma pessoa. Palestras também são uma ótima maneira de incentivar grupos de pessoas a participarem e a tirar o tabu do assunto.
3. Alguns funcionários podem se sentir abertos e confortáveis ao conversar com o RH sobre burnout. Entretanto, a conversa deve ser sempre confidencial e privada.
4. Ensine seus funcionários a cuidarem de seu psicológico. Crie programas de bem estar e ensine seus funcionários a lidar com o estresse e outros tópicos de saúde mental. Fale sobre inteligência emocional. Convide profissionais de saúde mental para ensinar essas coisas à sua equipe e ofereça consultas confidenciais com elas.
2. Ofereça recompensas que trabalhem contra o burnout
As recompensas acontecem por diferentes razões, mas geralmente usamos as recompensas para os funcionários, de modo que trabalhem mais.
Parece lógico, mas lembre-se: a pressão contínua para trabalhar mais para obter uma recompensa, pode levar ao burnout.
As recompensas dessa natureza têm seu lugar, mas se todas as vantagens e recompensas são baseadas no desempenho, você coloca os funcionários em um caminho de desgaste físico e emocional.
Algumas recompensas devem existir simplesmente porque as pessoas são importantes, não apenas pelo que elas podem fazer.
Quer se trate de um cartão-presente, intervalo extra, algumas horas de férias pagas com bônus, permitir que os funcionários escolham um turno para que possam sair mais cedo ou lanches incríveis na sala de descanso, deixar uma pessoa saber que tem valor… São várias as possibilidades e nem tudo tem valor monetário diretamente.
Use recompensas genuínas e sinceras para que os funcionários vejam o seu valor e o quanto a empresa os valoriza por isso.
3. Evite respostas punitivas
Digamos que você tenha um funcionário lutando contra o burnout. Eles não se sente à vontade em falar diretamente com você, seja por causa da cultura da empresa, por seu estilo de liderança, pela resposta que outros funcionários receberam, ou talvez porque não esteja totalmente ciente do que está acontecendo com ele mesmo.
Então, ele está tentando passivamente ou sutilmente informar que algo não está certo. Talvez seja comentários secundários que você acha que são evidência de insubordinação ou falta de respeito. Talvez ele esteja começando a trabalhar tarde ou apenas pareça triste.
Agora pergunte-se:
É assim que meu funcionário normalmente se comporta?
Ele geralmente é confiável ou tem alto desempenho?
Se o funcionário sempre foi desleixado, é uma coisa. Mas se ele tem sido um ótimo funcionário e de repente o seu comportamento está mudando, isso precisa fazer parte do contexto de compreensão do que está acontecendo.
Converse com o funcionário em particular. Se você tem uma personalidade que responde rapidamente, escolha ouvir. Controle suas expressões faciais e verbais e deixe o funcionário falar.
Não ouça apenas para formular uma resposta contrária, mas ouça e considere seriamente o que ele diz. Não leve para o lado pessoal. Repense o que você esperava desse funcionário e esteja disposto a fazer algumas alterações para evitar que isso aconteça novamente.
4. Considere as responsabilidades dos funcionários fora do expediente
Você provavelmente está ciente de como valorizar e respeitar a vida e o tempo pessoais de seus funcionários. Portanto, considere o seguinte: você valoriza as outras responsabilidades que o funcionário tem e que não são para a empresa?
Você pode ter funcionários que estão trabalhando em outro emprego por talvez você não conseguir pagar um salário do qual eles possam viver. Além disso, eles possuem família e outras obrigações.
Seja qual for o motivo, você provavelmente tem funcionários que estão quase sempre disponíveis para alguém ou algo, mesmo que não seja para a empresa.
Por isso, seja atencioso. Embora um trabalho extra nunca deva entrar em conflito ou interferir no trabalho atual, lembre-se de que fazer malabarismos com vários empregos para sobreviver gera uma sensação de depressão, desesperança e cansaço.
Converse com seu funcionário. Descubra como você pode ajudar e reveja, se possível, a remuneração e os horários de trabalho atuais.
5. Mostre propósito e dê vantagens aos trabalhos que não oferecem promoção
Alguns empregos dão aos funcionários a chance de avançar para uma posição mais alta. No entanto, alguns empregos são “empregos sem saída”. Eles não têm chance de avançar, a menos que o funcionário vá trabalhar em outro lugar.
Não é possível que todo trabalho tenha a chance de ser promovido da forma tradicional, porém, é possível criar metas para ter um propósito para se fazer o que faz.
Você precisa criar metas para seus funcionários, que podem incluir alguns dos seguintes:
- Treinamentos, palestras e workshops
- Cargos de micro-posição
- Aumento salarial
6. Fique de olho na cultura organizacional
Alguns dos problemas do burnout em funcionários têm a ver com um ajuste inadequado da cultura do local de trabalho.
Embora alguns aspectos culturais possam ser definidos, considere as áreas que você pode alterar facilmente, como:
Reduza a pressão e o ritmo do tempo sempre que possível. Isso reduz o estresse. Mude a ênfase da produção para o fator humano.
Verifique a carga de trabalho esperada de cada funcionário. Talvez você precise contratar mais funcionários em vez de se gabar das longas horas que seus funcionários passam.
Definir expectativas e funções. Você pode pensar que uma cultura livre de definição e definição é ótima, mas muitos funcionários preferem ter diretrizes para trabalhar.
Sua cultura é um fracasso se as pessoas não tiverem certeza do que deveriam estar fazendo e o quanto deveriam estar fazendo.
Conclusão
Lembre-se, o burnout não surge apenas de mais trabalho. Ele pode surgir quando os funcionários estão cansados, preocupados, estressados ou deprimidos.
Aprenda a identificar problemas de saúde mental. Vale dizer que os líderes devem ser treinados sobre o que procurar nos funcionários para logo iniciar a ajuda.
Depressão, ansiedade, medo, raiva – tudo isso é devastador para cada funcionário e para a empresa. Portanto, seja gentil e compreensivo. Faça o possível para ter um ambiente caloroso e que dê espaço para as pessoas pedirem ajuda sem medo de punição.
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