Você sabia que muitos gestores não traçam estratégias eficientes de colaboração e engajamento para os membros de suas equipes, pois estão ocupados demais em busca de um suposto “segredo do sucesso”?

O grande erro está em não compreender que uma equipe bem alinhada é capaz de fazer os negócios decolarem, pois produzem com mais qualidade e em menos tempo. Enquanto a falta de engajamento, por outro lado, pode ocasionar diversos problemas para a empresa, como alta rotatividade, pouca colaboração, falta de inovação nos negócios e serviços fornecidos com baixa qualidade.

Ou seja, colaboração e engajamento são dois fatores fundamentais para qualquer negócio. Quer saber como fortalecer o relacionamento entre os colaboradores e despertar uma equipe muito mais disposta e dedicada? Então esse artigo é para você!

Por onde começar a estruturar os conceitos de colaboração e engajamento?

Quando falamos em “Colaboração e Engajamento”, é comum encontrar pessoas que, imediatamente, pensem no que o OUTRO vai fazer para garantir que o time colabore e engaje nas tarefas que devem entregar juntos. Isso se chama Projeção, segundo Freud.

Considerando isso, é preciso destacar que não é possível dissociar Colaboração e Engajamento de ACCOUNTABILITY, que também representa PROTAGONISMO em uma tradução livre. Desta forma, podemos concluir que uma coisa não existe sem a outra.

Para um time efetivamente colaborar e engajar, cada um de seus membros deve tomar para si a responsabilidade de fazer isso individualmente. Afinal, é somente através do exemplo e da prática que a verdadeira colaboração será instaurada.

Fernando Pessoa, um dos mais importantes escritores portugueses do modernismo, escreveu sobre a importância da ação no trecho:
“Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas, tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se ali não o fizerem?”

Contudo, ser protagonista e ter a verdadeira inteligência não é suficiente! Temos que mudar nossa postura frente aos desafios da vida para que nossa atitude seja percebida como colaborativa e, assim, os outros se sintam impelidos a engajar na causa.

Como melhorar uma postura de colaboração e engajamento?

No livro Accountability, de João Cordeiro, ele propõe um treino de mudança de percepção, através de perguntas de forte reflexão:

• O que aconteceria se eu decidisse não me deixar afetar pelas circunstâncias?
• E se eu esperar algo melhor do futuro, sempre?
• Se eu estivesse em uma situação sem ninguém para me apoiar e dependesse 100% desse trabalho, o que eu faria diferente?
• Por outro lado, se eu estivesse no lugar dessa outra pessoa, como eu gostaria que os outros agissem comigo?
• Se a empresa fosse minha, como eu gostaria que um colaborador na minha situação agisse?

Quando membros de um time e seu líder não praticam verdadeiramente esse tipo de reflexão, a falta de colaboração se torna palpável e o engajamento cai drasticamente.

Como saber se uma equipe está com problemas de colaboração e engajamento?

Como indicamos no início do texto, uma equipe motivada é proativa, leal, comprometida, muito mais produtiva e seus membros possuem senso de dono, tomando para si as dores e o desejo de sucesso do negócio.

Se sua equipe não possui essas características, pode ser um indício de alerta! Portanto, avalie também as evidências a seguir:

• Pouco progresso das atividades, com queda de produtividade;
• Baixa criatividade;
• Redução da qualidade da entrega;
• Alta rotatividade dos colaboradores;
• Troca de acusações e busca pelos culpados;
• Individualismo e baixa sensibilidade ao outro.

Como aumentar o grau de colaboração e engajamento nos times

Esperamos que sua equipe não se enquadre nesses problemas, mas entendemos que melhorias e atualizações sempre são bem-vindas! Por isso, listamos algumas atitudes que gestores podem tomar para aumentar o grau de colaboração e engajamento em seus times:

#1 – Dê voz aos seus colaboradores:

Pessoas querem ser ouvidas. Crie um espaço onde elas possam expressar suas opiniões, se sentindo seguras e sem serem julgadas.

#2 – Incentive-os a se conhecerem:

Conhecer as pessoas do time, não apenas em relação ao que cada uma é responsável dentro do projeto ou tarefa. Conhecer seus gostos, suas ideias, trocar conhecimentos, construir vínculos verdadeiros. Isso desperta o interesse genuíno e aumenta a probabilidade de ajudarem uns aos outros nos momentos difíceis.

#3 – Recompense pelo trabalho bem feito:

Naturalmente, temos mais facilidade para criticar do que para elogiar (fazemos isso conosco e com os outros). Mas é extremamente importante reconhecer um trabalho que superou as expectativas. Neste caso, é importante também entender o que o colaborador entende como recompensa – pode ser um elogio em público, a oportunidade de apresentar seu trabalho para outros times etc. Não se atenha apenas à recompensa financeira. Conhecer seus liderados te mostrará como cada um deles prefere ser recompensado.

#4 – Esteja aberto para receber feedbacks – e peça por eles!

Este item complementa o anterior. Muitas vezes as pessoas têm prontidão para dar feedbacks, tanto corretivos quanto construtivos, mas não dão abertura para que os outros façam o mesmo. Como gestor, é sua missão dar o exemplo e pedir feedbacks – e principalmente, praticar a escuta ativa e refletir sobre o que ouviu.

#5 – Deixe claro os objetivos e responsabilidades:

Quanto mais claro estiver para o time o que se espera de cada um, menor a tendência de transferir responsabilidades ou se esquivar delas. Se necessário, estabeleça com cada membro do time uma rotina de acompanhamento para garantir que as pessoas tenham acesso ao apoio sempre que precisarem. Além disso, você também pode fazer correções de rota, caso alguém se perca pelo caminho e esteja assumindo responsabilidades além ou aquém do seu papel.

#6 – Incentive o autodesenvolvimento:

Profissionais melhor preparados trazem melhores resultados. Essa frase é amplamente conhecida, mas muitos gestores ainda focam apenas na parte técnica do conhecimento. É importante que os gestores pratiquem o autodesenvolvimento técnico e pessoal, pois, quando se conhecem melhor como seres humanos, conseguem ter um olhar de maior acolhimento e compreensão com seus times, aumentando a confiança e, portanto, o nível de colaboração e engajamento. Em nossas plataformas você encontra diversos conteúdos que podem contribuir com o autodesenvolvimento da sua equipe.

#7 – Dê preferência ao público interno:

Quando surge uma vaga na organização, o ideal é priorizar quem já está na companhia e conhece sua cultura. Se não há ninguém preparado, já passou da hora de pensar e preparar planos de sucessão. Quando encontram oportunidades internas, os colaboradores se sentem valorizados e reconhecidos, fazendo com que estejam mais abertos a colaborar com a empresa e os colegas.

Aplique as perguntas de reflexão e as atitudes acima de forma genuína. Então, observe sua equipe se transformar em um time que colabora, engaja e serve de exemplo para outros times e gestores.

Mas lembre-se:

As necessidades dos times mudam a cada instante e é papel de um bom gestor conhecer cada uma delas e se manter preparado para solucionar as intervenções que podem surgir nesse percurso.

Para te ajudar a se manter preparado para contornar situações indesejadas, preparamos com nossos consultores o webinar Conecte e Desenvolva seu Time, no dia 07 de maio, às 17h. Nele, você fica por dentro de todas as necessidades das equipes no contexto atual, entende quais são os maiores desafios para engajar sua equipe e aprende os maiores conselhos para motivar cada um dos seus colaboradores sempre mais.

Nos vemos em breve!