O despreparo de gestores, RHs e organizações para lidar com a geração Y nos ambientes corporativos ainda é considerável.
De fato, os desafios são frequentes, pois essa geração em específico trouxe novos estilos de trabalho e comportamentos, tirando todos da zona de conforto e colocando em pauta a qualidade de vida.
Modelos de trabalhos tradicionais se viram “obrigados” a mudar para promover um ambiente mais flexível, aconchegante, confortável e otimizado ao comportamento dessa geração para atender às suas expectativas e sonhos.
O que quer a geração Y?
A geração Y busca incessantemente sentido e propósito para se realizar em todos os âmbitos, o que gera ansiedade, descontentamento e frustração em pouco tempo, caso não vejam frutos imediatos.
Os questionamentos constantes dessa geração trouxeram algo que faltava há um tempo: movimento.
Hoje vemos programas e uma estrutura mais adequada para atender as necessidades de uma geração (e que favorece as outras) que não para e questiona tudo. Esses questionamentos trouxeram um ambiente de trabalho mais colaborativo, mais construtivo e dinâmico.
As regalias, como cerveja dentro do horário de trabalho, comidinhas, sala de jogos e outros benefícios atraem os jovens, mas se não virem junto com um trabalho que tenha valor e um propósito muito claro de ser executado, logo, as regalias não serão suficientes para manter este público interessado em ser parte da organização.
A palavra-chave para manter a geração Y engajada é: motivo.
Ninguém faz nada se não houver um motivo definido. O motivo por si só não gera engajamento, mas o motivo mais ação gera motivação. E nisso, organizações ainda falham.
Oferecer liberdade, capacidade de escolha, confiança fortalecem os valores humanos e engajam uma geração que tem sede por contribuir e construir um mundo melhor e com mais sentido. É preciso urgentemente implantar uma ética humana do reconhecimento do outro. E para isso, o papel do chefe deve deixar de existir para dar lugar para um líder.
Um bom líder inspira, engaja e extrai o melhor de sua equipe. Seu papel é fundamental para conduzir de forma eficiente perfis distintos em busca dos objetivos da empresa e do indivíduo.
Algumas dicas práticas para engajar e reter talentos da geração Y:
- Fortalecer relacionamentos: jovens que são conectados com seus colegas e com a empresa onde trabalham são mais motivados. Considere colocar uma ferramenta como o Slack para que a comunicação flua livremente.
- Experiências: mentorias, oportunidade de estudar, encontros fora do expediente são mais valorizados pela geração Y.
- Feedbacks: a geração Y valoriza feedbacks, pois eles reconhecem que essa ferramenta é essencial para o crescimento e desenvolvimento, tanto pessoal como profissional. Construa uma cultura de feedbacks. O 1:1 é uma excelente oportunidade para que o líder possa ajudar o jovem profissional a se capacitar, e vice-versa.
Entender as motivações, expectativas, comportamentos e os valores que cercam a geração Y, ajudará a criar estratégias para o recrutamento, desenvolvimento e retenção de talentos. Além de checar os elementos que compõe a cultura organizacional da empresa para que o processo de adaptação às novas culturas seja mais suave.
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