Entenda o conceito de alienação organizacional e saiba como resolver.

O ambiente da empresa dita as regras. Se o ambiente for agradável, inclusivo e equilibrado, essa cultura estará firmada em cada profissional, o que acaba proporcionando maior produtividade, felicidade e pertencimento à empresa.

No entanto, se o ambiente é tóxico, preconceituoso e inflexível, ele irá determinar o comportamento individual dos profissionais. Infelicidade e desempenho prejudicado são só alguns dos efeitos.

Hoje, a proposta de trabalho é instável. Embora a maioria de nós considere o trabalho um aspecto fixo e comum da vida humana, chegou a hora de questioná-lo.

Alienação organizacional – o que é?

No passado, os conceitos marxistas dominavam amplamente como pensávamos sobre o trabalho. Karl Marx era um economista político cujas ideias sobre alienação organizacional identificavam a situação dos trabalhadores naquela época. 

Ele explorou como os métodos modernos de produção forçaram os trabalhadores a se alienar dos produtos de seu trabalho, alienando-os, assim, de uma parte íntima de si mesmos.

A alienação organizacional, segundo Marx, se realiza de duas formas:

1 – o homem tem que trabalhar e, como sabemos, no capitalismo trabalho é uma mercadoria, como qualquer outra força de produção. Sendo assim, o trabalho passa a ser a principal fonte de alienação para o homem.

2 – o homem é educado para aceitar o trabalho como forma natural da existência social e não como uma forma alienante.

Embora o trabalho tenha como função criar valores, dentro dos aspectos capitalistas a relação entre homem e trabalho fica desequilibrada e um sentimento de esvaziamento.

Ou seja, nessa nova relação o trabalho passa a ser mercadoria. E os sonhos e planos de um estilo de vida passam a ser sufocados pelo que é imposto nesse modelo. 

Precisamos encontrar novas maneiras de falar sobre o trabalho e os problemas que o cercam.

Como resolver a alienação organizacional?

Ser uma organização flexível: a flexibilidade de horário ajuda a equilibrar a vida pessoal e profissional, dando mais espaço para viver momentos e experiências não ditadas pelo trabalho.

Remuneração competitiva: remuneração inferior ao que é praticado no mercado gera frustração ao profissional, já que ele terá de viver um estilo de vida limitador dada a circunstância.

Carga horária, folga e férias: o descanso é fundamental para o corpo e para a mente. No entanto, certos mercados acabam privando o profissional desses direitos. Medidas devem ser tomadas para que cada profissional cumpra com as 8h/dia. 

Ambiente: o ambiente organizacional deve proporcionar qualidade, conforto e harmonia. O clima deve ser bom e, para entender se há um clima positivo ou não, pesquisas de clima são fundamentais. Todos devem ser respeitados e aceitos, independente de gênero, orientação sexual, raça ou religião.

O mercado de trabalho na era pós-industrial tem se tornado cada vez mais complexo. Entretanto, o toque humano está mais requisitado do que nunca. 

Os profissionais prezam por relações amistosas com seus colegas, por uma estrutura saudável e uma relação transparente com a empresa. 

O RH tem um papel primordial para dar fim na alienação organizacional. Entretanto, é importante ter uma mente aberta e se preocupar constantemente com a satisfação do time.