Os grupos de afinidade, comitês de diversidade ou employee resource groups são iniciativas essenciais para as empresas que buscam criar ambientes de trabalho com perfis plurais. Como você verá neste artigo, há muitos bons motivos para a sua empresa adotar essa prática.
Um dos maiores desafios na criação de um ambiente diverso é o fato de que, muitas vezes, a própria liderança da empresa tem dificuldade em entender a realidade de diferentes grupos presentes nos times. As vivências de minorias como PCD e LGBTQIA+, por exemplo, são muito diferentes umas das outras, e requerem discussões específicas.
Os grupos de afinidade são, portanto, uma forma de deixar com que essas pessoas possam orientar as organizações em relação às ações e transformações mais necessárias. Além disso, podem servir como um ponto de apoio e de troca de experiências para esses profissionais. Os critérios dos grupos de afinidades são definidos por crença, raça, diversidade de gênero, idade, nacionalidade, entre outras possibilidades.
Este tipo de política de inclusão é uma das formas das empresas se destacarem como marca empregadora: mais e mais pessoas buscam trabalhar em ambientes diversos e inclusivos. Por outro lado, o negócio também sai ganhando. Uma pesquisa da consultoria McKinsey & Company mostrou que times diversificados em relação ao gênero têm 14% mais chances de apresentar uma performance maior.
Mas temos ainda mais bons motivos para criar esses grupos de afinidade na sua empresa. Continue a leitura!
#01 Fortalece as relações no ambiente de trabalho
Um estudo divulgado pela Forbes mostrou que 65% dos funcionários percebiam que os grupos mais diversos impactavam de forma positiva o engajamento no ambiente de trabalho.
Nesse sentido, a existência de políticas de diversidade nas organizações tem impactos sobre a employee experience no ambiente de trabalho e nas relações interpessoais nas empresas.
#02 Estimula a formação de líderes
Companhias com grupos de afinidades são um espaço para o desenvolvimento de líderes. Com eles, há mais oportunidades para que o colaborador possa desenvolver suas habilidades de liderança, na medida em que ele se envolve diretamente com iniciativas e discussões propostas nos grupos.
Além disso, você estará formando um tipo de liderança capaz de lidar com equipes multidisciplinares e multiculturais. Algo que contribui para a diversidade de ideias e soluções.
#03 Ajuda a pensar fora da caixa
A procura por inovação e disrupção é um dos principais desafios das organizações. Por isso, pensar fora da caixa é um dos jargões mais incentivados no ambiente de trabalho nos tempos atuais.
Mas, se sua equipe é composta de pessoas com perfis muito parecidos, a busca por soluções para seus problemas provavelmente devolverá sempre respostas parecidas. Ou seja, ficará difícil inovar.
Por outro lado, investindo na diversidade, seu time pode até compartilhar a mesma causa, mas as ideias e soluções trazidas terão sempre um ponto de vista diferenciado.
#04 Potencializa o que há de melhor em cada grupo
A afinidade entre pessoas sempre existiu no ambiente corporativo, mas de forma casual. Quando existe essa identificação, as pessoas naturalmente passam a se reunir e ajudar mutuamente.
Porém, é possível explorar os grupos de afinidade de maneira mais estratégica, estimulando a interação entre profissionais que, de alguma forma, possuem algo em comum.
Nesse sentido, você pode potencializar aquilo que há de melhor em cada grupo de afinidade e gerar maior engajamento com a marca.
#05 Clientes mais satisfeitos
Há outros benefícios de criar um comitê de diversidade, aplicando seus princípios desde o recrutamento, integração e capacitação dos funcionários.
Por exemplo, podemos citar a abertura de novos canais de atendimento e a melhora na forma como se conduz o relacionamento com os consumidores.
Além disso, criar um grupo de afinidade ajuda a sua força de trabalho a atender melhor todos os perfis de usuários. Dados indicam que 70% das empresas montam suas forças de trabalho baseando-se na afinidade demográfica com os clientes.
Como criar um comitê de diversidades
Para criar um grupo de afinidades que reflita as necessidades de sua organização, é preciso seguir algumas etapas.
Conheça sua realidade
A primeira coisa a se fazer é um levantamento das equipes e mapear os diferentes grupos existentes na sua empresa. Os recortes podem ser por categorias como gênero, deficiências, raça, classe social, religião, entre outros.
Aprofunde seus conhecimentos sobre a diversidade
Se há poucos representantes de algum grupo em particular e é exatamente o que se quer trazer para a empresa, procure informações e percepções dentro e fora de sua organização. Compreenda o que falta ainda nos seus processos seletivos e de promoção, por exemplo, para poder integrar essas pessoas. Nesse momento, a ajuda de consultorias especializadas pode ser essencial.
Defina o objetivo dos grupos de afinidade e escolha os líderes
Ter objetivos em comum pode melhorar o engajamento dos funcionários, reduzir o turnover, mudar a cultura organizacional e o buy in da empresa. Diante disso, não deixe de escolher colaboradores que representem os seus objetivos para liderar esses grupos.
A partir daí, é necessário destinar os recursos necessários, montar o cronograma de ações e iniciar o projeto.
Como engajar os colaboradores?
Para que os grupos de afinidade sejam um verdadeiro diferencial para sua empresa, é fundamental que as pessoas estejam engajadas com eles. Portanto, o primeiro passo é comunicar a iniciativa da empresa.
Nesse sentido, vale a pena pensar em um evento de lançamento e movimentar a comunicação interna da organização com informações adicionais. Além disso, conte com a ajuda de um comitê de funcionários para fomentar a mensagem central entre os colegas.
Finalmente, não esqueça do endomarketing. Ele é um parceiro estratégico para fomentar o engajamento entre os colaboradores. E por falar nisso, que tal conferir algumas estratégias de endomarketing que podem te ajudar nessa missão?
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