Você já sabe o que é Employer Branding, mas agora vamos falar sobre como começar a estruturar uma estratégia na sua empresa.
Antes de mais nada, segundo pesquisa divulgada pela MindMiners, um terço dos millennials, mesmo estando satisfeitos com seu trabalho atual, pretendem mudar de emprego nos próximos dois anos. Esse grupo também é conhecido como a “geração Y”, pessoas nascidas entre meados dos anos 80 e o fim dos anos 90. E tem mais: 51% deles afirma que gostariam de ser empreendedores, mas por quê?
Esse cenário é consequência da mudança de comportamento dos jovens talentos. Hoje, eles buscam muito mais significado de vida e conexão com as empresas em que trabalham. Como resultado do isolamento social e da grave pandemia que atravessamos, essa revisão de valores cresceu ainda mais.
De acordo com o estudo, 75% dos jovens talentos acreditam que as organizações não estão comprometidas com o desenvolvimento da sociedade. Enquanto apenas 29% sentem que as companhias respeitam seus colaboradores e 57% acham que as empresas só estão preocupadas em ganhar dinheiro.
A falta de confiança nas organizações também foi identificada na Pesquisa Carreira dos Sonhos 2019, realizada pela Cia de Talentos. De acordo com os resultados, apenas 37% dos colaboradores confiam nas empresas em que trabalham. Sendo que só 28% deles percebem as organizações coerentes entre seu discurso e prática.
Confiança é tão importante assim para o employer branding?
Paul Zak, neuroeconomista e professor da Universidade de Stanford, tem sido amplamente reconhecido por suas pesquisas com a oxitocina. Para ele, o hormônio responsável pelo amor e pela confiança, é primordial para uma sociedade economicamente saudável.
Em inúmeros estudos, ele descobriu que as nações com maior índice de oxitocina no sangue eram justamente as que possuem a economia mais próspera. Porém, o medo e a desconfiança são os maiores inibidores da oxitocina em nosso cérebro.
Logo, sim, a confiança é essencial para as empresas que desejam que a produtividade e o engajamento façam parte de suas rotinas.
Nesse contexto, entender as necessidades dos profissionais, rever a cultura organizacional e fortalecer sua marca diante do mercado de talentos através do Employer Branding, é fundamental para assegurar a sustentabilidade do seu negócio.
Além disso, agora a forma como as empresas estão lidando com seus colaboradores e tomando as medidas de segurança necessárias diante ao COVID-19, impactam diretamente o nível de credibilidade dos profissionais em relação às organizações.
Como falamos em nosso último artigo – O que é Employer Branding e porque ele é tão importante em tempos de crise – a reputação da empresa também influencia na forma que o cliente final percebe e confia na marca.
Mas afinal, qual o ponto de partida pra se tornar uma empresa mais atraente, desejada pelos bons profissionais e confiável aos consumidores?
Hoje falaremos sobre o que é necessário conhecer antes de começar. Então, nos próximos artigos vamos aprofundar quais são as melhores estratégias para aplicar corretamente o Employer Branding na sua empresa, ok?
Em primeiro lugar, é preciso compreender que EB exige planejamento e união de equipes. Inclusive, as lideranças precisam estar alinhadas com o discurso e a prática da marca empregadora.
O Employer Branding, ainda, é visto como responsabilidade exclusiva da área de Recursos Humanos. Porém, ele é mais efetivo quando alinhado também a outros setores, como comunicação, assuntos corporativos e ao marketing.
Para começar sua estratégia de employer branding, escute:
Toda solução começa com um bom diagnóstico. Por isso, faça um levantamento da percepção atual dos colaboradores sobre o ambiente de trabalho. Certifique-se de que todas as áreas, independente do nível hierárquico, sejam ouvidas e possam expressar o que é importante para sua permanência na organização e quais os fatores que tornam as propostas dos concorrentes tentadoras.
Após os resultados, faça as perguntas certas e defina objetivos:
- Qual é o perfil de talentos que a companhia deseja atrair?
- A cultura organizacional da empresa está alinhada com esse tipo de profissional?
- É necessário renovar a cultura organizacional da companhia?
- Como a organização deseja ser percebida pelo mercado?
- O EVP está atraente?
- Como a concorrência está trabalhando nesse aspecto?
- O que pode ser melhorado no seu EVP? E no clima da empresa?
Isso é fundamental para que todos os envolvidos tenham bastante clareza no que devem fazer para contribuir com a iniciativa de forma positiva.
Os primeiros passos de uma estratégia eficiente de Employer Branding envolvem muitos questionamentos, pesquisas, reuniões e realinhamentos. Por isso, não tenha receio de levantar todos os desafios da empresa. Com certeza isso exigirá uma demanda extra de trabalho e dedicação.
Essa é a única forma de “arrumar a casa” para tornar o ambiente mais atrativo e produtivo. Mas lembre-se que, a longo prazo, será uma fonte de segurança e inovação, fortalecendo a estabilidade da companhia diante à concorrência.
Continue acompanhando nossos envios e se mantenha atualizado(a) sobre esse importante tema!
Até semana que vem!
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