Provavelmente, você já fez alguns testes no tão comentado ChatGPT e, como todo mundo, ficou de queixo caído com o resultado. O nível de qualidade é tão impressionante que um pesquisador da Wharton School, nos Estados Unidos, constatou que um texto poderia ser aprovado em um programa de MBA da instituição, uma das mais renomadas do país. E, ainda por cima, aprovado com uma nota boa: entre B- e B.
O que é o ChatGPT?
Se você não sabe do que estou falando, se trata, nas palavras do próprio ChatGPT, de:
Esse “treinamento” citado na explicação foi feito por meio de uma técnica conhecida como RLHF, sigla para Reinforcement Learning From Human Feedback — ou, em português, “Aprendizagem por Reforço de Feedback Humano”. Ou seja, o sucesso do ChatGPT se deve, em partes, a um ritual extremamente importante para a carreira: o bom e velho feedback.
A prática é tão essencial para a ferramenta que é estimulada em diversos momentos enquanto você interage com o sistema.
Feedback no ChatGPT
Logo que você se cadastra na página do chat, por exemplo, surge uma mensagem solicitando que seja dado um retorno sobre as respostas, indicando se o sistema está ou não indo pelo caminho certo.
A cada texto entregue, também aparecem aqueles símbolos de “curti” e “não curti” do lado direito da resposta na tela. Não deixa de ser uma espécie de feedback simplificado.
Tudo isso acontece porque, quanto mais feedbacks o ChatGPT receber, mais precisas serão as suas devolutivas, maior será a qualidade da entrega e mais desenvolvido o sistema vai ficar.
Da mesma forma, acontece com o nosso próprio desenvolvimento enquanto profissionais. A diferença, talvez, seja a forma que encaramos essa prática.
Ao testar a nova sensação do momento e ao ler a respeito dela, fiquei pensando no quão a sério levamos esse ritual. Será que damos e recebemos feedback porque, de fato, acreditamos no seu valor como ferramenta de desenvolvimento? Ou será que fazemos isso porque o RH nos “obriga”?
Para que o ChatGPT fosse lançado e para que a sua versão atualizada (o GPT-4) chegue ao mercado, é preciso não só que a inteligência artificial seja “alimentada” com um banco de dados robusto, mas que o trabalho do sistema seja avaliado. E avaliado constantemente!
Chatbots não são exatamente uma novidade, o diferencial deste sobre o qual estamos falando é, como já expliquei, seu nível de qualidade. E essa excelência só pode ser alcançada por meio da prática e, principalmente, da captação de opiniões acerca do que está sendo feito. Ou seja, por meio de “sessões de feedbacks”.
Afinal, você só sabe o que está bom e o que precisa ser mudado, aperfeiçoado e ajustado, quando alguém compartilha uma opinião. A equipe por trás do desenvolvimento do ChatGPT claramente sabe e aposta nisso, e você?
A importância de dar e receber feedback
Acho que podemos tirar dessa inovação muito mais do que os textos que o ChatGPT gera. Talvez, quem sabe, ele também sirva como benchmark sobre o potencial do feedback e nos inspire a fazer o mesmo — não por obrigação, mas num movimento de busca genuína pelo nosso desenvolvimento constante.
Aproveite para conferir alguns conteúdos da Cia de Talentos e do Bettha.com para aprimorar sua prática de feedback:
8 regras de ouro para dar um bom feedback
Feedback humanizado: o jeito saudável de dar retorno aos funcionários
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